A gestão de indicadores é essencial para que as operadoras de saúde tomem decisões mais precisas e estratégicas, especialmente em um cenário onde os custos e a qualidade precisam ser equilibrados. A questão é: como garantir esse controle financeiro sem comprometer a qualidade, diante de tantas variáveis e desafios?
De acordo com a ANS, em 2024, a sinistralidade média das operadoras de saúde no Brasil foi de 83,8%, um dos melhores índices dos últimos anos. Esse número reflete a capacidade de gestão eficiente de algumas operadoras, que usam dados e indicadores para manter a sustentabilidade financeira, mesmo com grandes pressões.
Neste artigo, vamos explorar como essa prática pode ser a chave para melhorar a tomada de decisão, não apenas em relação à sinistralidade, mas também para promover uma gestão mais eficiente, alinhada às metas financeiras e à qualidade do atendimento.
Onde surgem os ruídos e como eles afetam a gestão
Os ruídos na gestão de indicadores surgem quando dados de áreas como faturamento, custos médicos e atendimento não são centralizados. Sem uma análise de dados integrada, a operadora perde a visão de como cada processo impacta o custo final, levando a decisões imprecisas.
Além disso, a falta de monitoramento contínuo é capaz de gerar falhas operacionais, como subdimensionamento de recursos em áreas com alta demanda. A gestão de indicadores permite identificar esses desequilíbrios rapidamente, evitando custos extras e garantindo atendimento adequado.
Com a análise de dados em tempo real, as operadoras podem otimizar recursos e melhorar a experiência do beneficiário. Ao eliminar os problemas, as decisões se tornam mais precisas, proporcionando uma operação eficiente que responde às mudanças de forma ágil.
O papel dos indicadores na construção de uma visão clara
Em um setor tão mutável como o de saúde, operar sem uma visão precisa pode comprometer a tomada de decisões e a eficiência. Confira abaixo o papel dos indicadores na construção de uma visão clara:
- Identificação de padrões e tendências: permite que operadoras reconheçam padrões no comportamento dos beneficiários, como aumento de internações ou mudanças nas taxas de utilização, facilitando a previsão de demandas futuras.
- Ajuste de processos operacionais: indicadores ajudam a detectar problemas nas operações, como falhas em processos de autorização ou atendimentos excessivos, permitindo correções rápidas e redução de custos.
- Monitoramento de desempenho financeira: facilita o acompanhamento da sinistralidade e outros custos operacionais, ajudando a garantir que a operadora se mantenha dentro do orçamento e alcance metas financeiras sustentáveis.
- Avaliação de qualidade: acompanhar indicadores de qualidade, como tempo de espera ou satisfação dos beneficiários, proporciona percepções sobre como melhorar o atendimento e a experiência do beneficiário.
- Tomada de decisões informadas: com uma visão clara gerada pelos indicadores, os gestores podem tomar decisões mais assertivas e alinhadas às necessidades da operação, minimizando erros e maximizando a eficiência.
O que trava a análise de dados nas operadoras hoje
A análise de dados é uma ótima ferramenta para otimizar operações, mas muitas empresas de saúde ainda enfrentam desafios para implementá-la. Confira os principais obstáculos para as operadoras:
- Falta de integração de sistemas: a desconexão entre diferentes sistemas impede a centralização dos dados, dificultando uma análise eficiente.
- Dados desorganizados e incompletos: dados inconsistentes ou mal organizados comprometem a precisão das análises e a qualidade das decisões.
- Escassez de profissionais qualificados: a carência de talentos especializados em ciência de dados limita a capacidade de realizar análises complexas e assertivas.
- Resistência cultural à mudança: a falta de uma cultura data-driven nas operadoras dificulta a adoção de tecnologias e soluções baseadas em dados.
- Preocupações com a conformidade regulatória: a necessidade de atender à LGPD e outras regulamentações aumenta as complexidades na coleta e análise de dados.
Como evoluir da medição para a ação estratégica
A medição é o primeiro passo na gestão de qualquer operação, mas transformar esses dados em ações estratégicas é o verdadeiro diferencial. Aqui estão os passos necessários para essa evolução:
1. Estabeleça KPIs estratégicos
Defina indicadores-chave de desempenho (KPIs) alinhados aos objetivos financeiros e operacionais. Foque em métricas que impactem a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira.
2. Integre dados de diferentes áreas
Para que os dados se tornem úteis, é necessário integrar informações de diferentes fontes, como custos assistenciais, utilização de serviços e feedback dos pacientes, criando uma visão unificada, essencial para identificar oportunidades de otimização.
3. Aplique a análise de dados para identificar padrões
Use ferramentas de BI para identificar padrões, tendências e anomalias. Por exemplo, identificar áreas com maior sinistralidade ou identificar padrões de uso excessivo de determinados serviços médicos pode fornecer visões para ajustes estratégicos.
4. Converta visões em ações concretas
Com as visões extraídas, implemente mudanças operacionais, como a redistribuição de recursos para áreas com maior demanda ou a adaptação de políticas de atendimento para reduzir custos e melhorar a experiência do paciente.
5. Monitore e ajuste com frequência
Estabeleça uma cultura de melhoria contínua, na qual os resultados das ações tomadas sejam constantemente avaliados e ajustados conforme novos dados surgem, garantindo que a operadora de saúde permaneça ágil e capaz de responder rapidamente a mudanças.
TopSaúde HUB: solução para a gestão de saúde
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A gestão de indicadores é uma ação recorrente, e a TopSaúde HUB facilita esse processo ao permitir análise em tempo real e ajustes rápidos nas operações, possibilitando melhor alocação de recursos e um atendimento mais eficiente.